domingo, 30 de agosto de 2015

Por que a paixão é coisa que dá e passa?

A era digital modificou o modo de nos relacionarmos. O que acontecia esporadicamente comum para um casal de namorados, hoje se abriu a porta para inclusões de meios de comunicação onde se é possível o contato virtual excessivo – o que deixa de lado o cheiro, o beijo e talvez dê entrada a uma gama de sentimentos possivelmente falsos.
A obrigação de dar um “bom dia” pelo celular, a falsa inclusão de sentimentos verdadeiros o que ocasiona uma cansativa forma de amar, talvez tenha sim os seus bons efeitos e romantismo exacerbado –pelas vias virtuais, possam dar uma melhorada na relação ou podem se tornar desgastantes. Mas o problema é que não se há limites.
As redes sociais estão repletas de modelos personificados com pseudo-belezas físicas e intelectuais – ou não, o que acaba atiçando a vontade de conhecer o novo ou se aproximar de outras pessoas. Esse talvez seja parte do processo também de desapaixonar-se. Criamos um mundo onde precisamos nos conectar. E se não houvesse conexão? Os casais apaixonados se veriam com menos frequência e talvez os poucos momentos se tornariam bem mais intensos!
O que podemos esperar dos relacionamentos daqui a 20 anos? Onde o casamento está cada vez mais escasso e pessoas procuram a poligamia e traições? Apaixonar-se pelo que é virtual está cada vez mais latente o que quando se vê por víeis reais, pode se tornar tedioso e decepcionante. A paixão é olhar, é toque e sensações. E muito mais interessantes que se iludirem nesse mundo virtual pós-moderno.
Necessariamente podemos “estar ligados” por pensamentos, o que atiça muito mais a vontade de estar perto. E pode de nada interferir na relação. Muito pelo contrário! O que retesa e se liberta é maravilhoso e intensifica muito mais a paixão.
(Autor: Daniel Velloso)
Do site: Fãs da Psicanálise