sexta-feira, 18 de outubro de 2013

"O Brasil vive um novo momento político que se abriu em junho e que não se fechará tão cedo. O debate político dentro da esquerda só pode fortalecer a própria esquerda, mas o Black Bloc não entende assim (...). Na verdade, queriam um cheque em branco de toda a esquerda, mas esse cheque em branco não vamos passar, e o debate político será feito. Essa é tradição democrática dos movimentos dos trabalhadores"; por Suzana Gutierrez, do sindicato dos professores do RJ, no link: http://goo.gl/j0y8s2

quinta-feira, 17 de outubro de 2013


Comunistas transavam ou transam melhor?

O documentário Liebte der Osten Anders? (“Comunistas transam melhor?”, na tradução do título em inglês), dirigido em 2006 por Andre Meier, parte da premissa, comprovada estatisticamente, de que no lado comunista do muro de Berlim as pessoas faziam mais e melhor sexo que do lado capitalista, e tenta explicar por quê. É surpreendente descobrir que, apesar da censura e da proibição da pornografia, os alemães orientais (e sobretudo as alemãs) tinham mais liberdade sexual do que os ocidentais. Mais orgasmos, inclusive.
A principal razão, defende Meier, é que, até a descoberta da pílula, as comunistas eram mais independentes do que as comportadas alemãs do lado capitalista. Durante a Segunda Guerra, com os homens no front, as mulheres alemãs foram obrigadas a ir à luta para sustentar a família e aprender tarefas consideradas “masculinas”, como construir casas. Depois que eles voltaram, porém, enquanto na República Federal da Alemanha (capitalista) as mulheres retornaram às prendas domésticas, na República Democrática da Alemanha (comunista) elas continuaram trabalhando fora. No final dos anos 1960, uma em cada três mulheres trabalhava fora na Alemanha Ocidental; do lado Oriental eram 70%. Historiadores e sexólogos defendem no documentário que este papel protagonista da mulher influía positivamente em sua vida sexual.
“Em nenhuma área a emancipação feminina avançou tanto quanto na sexualidade. As mulheres davam as regras na cama. Isso era muito típico da Alemanha Oriental”, diz um especialista ouvido no filme. “Mais tarde as alemãs orientais foram reduzidas a caricaturas, mas eram elas que usavam as calças”, afirma outro. Ele fala isso e eu penso imediatamente em Angela Merkel, a toda poderosa chanceler que cresceu do lado comunista. Merkel foi beneficiada por uma emancipação que começara já no pós-guerra. Ou seja, quando as ocidentais passaram a lutar para conquistar espaço no mercado de trabalho, a maioria das orientais já possuía uma carreira.
Outros fatores para a liberação, por incrível que pareça, partiram do Estado comunista. Se do lado capitalista não houve educação sexual nas escolas até meados dos anos 1960, em 1962 os alemães orientais já assistiam programas sobre o assunto na televisão, voltados para crianças. Na Alemanha Oriental o casamento perdeu muito cedo a função de legitimar a sexualidade. Homens e mulheres também dividiam as tarefas do lar, bem antes de que isto se tornasse uma questão no Ocidente. O aborto foi legalizado na Alemanha comunista em 1972! Os alemães orientais sofriam a repressão do Estado, mas não a da igreja como os ocidentais, com efeito enorme sobre a sexualidade. Livres da religião, os/as comunistas se dedicavam sem culpa aos prazeres da carne. A alcova não era alvo da Stasi, a temida polícia secreta.
De acordo com o documentário, nos anos 1970 e 1980 os heterossexuais gozavam de liberdade sexual quase plena na Alemanha Oriental. O mais importante sexólogo do lado comunista, Siegfried Schnabl, deu a deixa em uma entrevista: “Lenin disse que sob o comunismo não deveríamos aspirar ao ascetismo e sim aos prazeres da vida. Isso inclui uma vida amorosa satisfatória”.
Outro aspecto interessante é que, do lado comunista, a prática do nudismo era amplamente aceita e começava no seio familiar (leia aqui uma reportagem sobre o tema publicada pelo jornal britânico The Telegraph). Isso explicaria a foto que circulou na rede da senhora Merkel nua numa praia da Alemanha Oriental durante a juventude –há dúvidas se é ou não a chanceler, mas que parece, parece.
Angela Merkel nua em pelo (e com um corpitcho de arrasar) numa praia comunista. Será?

Tudo muda com a queda do muro, em 1989, e a chegada da pornografia e da prostituição. Mas será que, pelo menos sexualmente, os comunistas eram mais felizes e não sabiam? Assista, é imperdível. Infelizmente não está disponível na rede com legendas em português, só em inglês.
Fonte: o blog Socialista Morena

quarta-feira, 16 de outubro de 2013



Erótica é a alma que se diverte, que se perdoa, que ri de si mesma e faz as pazes com sua história. Que usa a espontaneidade pra ser sensual, que se despe de preconceitos, intolerâncias, desafetos.

Erótica é a alma que aceita a passagem do tempo com leveza e conserva o bom humor apesar dos vincos em torno dos olhos e o código de barras acima dos lábios.

Erótica é a alma que não esconde seus defeitos, que não se culpa pela passagem do tempo.
Erótica é a alma que aceita suas dores, atravessa seu deserto e ama sem pudores.

Aprenda: bisturi algum vai dar conta do buraco de uma alma neglicenciada anos a fio.

("Erótica é a Alma", por Fabíola Simões - do perfil da querida psicanalista e seguidora Marli Leite)

segunda-feira, 14 de outubro de 2013


Aproveitando uma antiga ideia do Paulo Blank, veja como  a democracia direta não é difícil
Paulo Blank

A Máquina de Desvotar
 
Em outubro de 2006 escrevi na “Entre Nós”, a minha pagina na Revista de Domingo do falecido JB, uma crônica intitulada “A Maquina de desvotar”.
Vamos ver se, desta vez, aceitam a minha contribuição .

“Com tanta tecnologia disponível, a máquina de desvotar, sonho que venho acalentando faz tempo, seria a verdadeira democracia participativa, direta, tão almejada e nunca posta em prática. O negocio é simples. Programa-se uma central de desvoto para onde o eleitor pode desfazer o seu voto. Coisa simples. O candidato mudou de partido? Não trabalhou? Roubou? Enfim, descumpriu o combinado, pois eleição é um acordo entre mim e o meu candidato, de quem sou empregador, vou lá e deleto o meu voto. Quando a subtração ultrapassar o mínimo que garantiu a vitória, automaticamente, fica convocada nova eleição para substitui-lo. Queria ver, se, num sistema destes, as gracinhas dos nossos políticos volúveis iriam continuar. Sabendo que poderiam perder o emprego com a maquina de desvotar agindo diariamente, como é que ficariam os aproveitadores da nação?”

domingo, 13 de outubro de 2013

Gostaria de começar com a paralisação recente do governo dos EUA. Por que ela é diferente dessa vez, se já aconteceu no passado?

Noam Chomsky: Paul Krugman fez há dias, no New York Times, um ótimo comentário a respeito. Lembra que o partido republicano é minoritário entre a opinião pública. Controla a Câmara [House of Representatives, que junto do Senado representa o Legislativo nos EUA]. Está levando o governo à paralisação e talvez ao calote de suas dívidas. Conseguiu a maioria por conta de inúmeras artimanhas. Obteve uma minoria de votos, mas a maioria das cadeiras. Está se utilizando disso para impor uma agenda extremamente nociva para a sociedade. Foca particularmente a questão do sistema de saúde público.

Os EUA são o único, entre os países ricos e desenvolvidos, que não possui um sistema nacional de saúde pública. O sistema norte-americano é escandaloso. Gasta o dobro de recursos de países comparáveis, para obter um dos piores resultados. E a razão para isso é ser altamente privatizado e não-regulado, tornando-se extremamente ineficiente e caro. Aquilo que alguns chamam de “Obamacare” é uma tentativa de mudar esse sistema de forma suave – não tão radicalmente como seria desejável – para torná-lo um pouco melhor e mais acessível.

Leia aqui a íntegra da entrevista com Chomsky: http://bit.ly/1cHkPIA